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Faculdade de Medicina
16º Congresso Paulista de Saúde Pública - 2º Congresso Regional do Núcleo Botucatu e 3ª Mostra da Atenção Básica de Botucatu :::
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Trabalho N.º 32148
Autor: GUSTAVO SOARES LEÃO
Categoria: Oral
Título: A LINGUAGEM DE UMA CASA DE MEMÓRIA PARA O ENSINO DA TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE
Tema: Interdisciplinaridade, formação e educação em saúde
Resumo: A necessária contextualização do território como espaço de produção de saúde, nos remete a possibilidades de entendimento do lugar, transitando transversalmente por campos de entendimento histórico, demográfico, econômico, geográfico e social. Considerando essa interdisciplinaridade para a formação de estudantes de medicina em contexto de uma faculdade inserida no Programa Mais Médico, que por prerrogativa, absorve um delineamento curricular denso na Atenção Primária a Saúde, iniciado por atividades de compreensão da formação, não somente do tecido urbano, mas também das organizações da disponibilidade produtiva das malhas rurais e suas zonas de transição no interior do estado de São Paulo, foi proposto aos alunos do primeiro semestre do curso de medicina, uma imersão histórica, através de linguagem museológica, à Casa da Memória de Araras.
A Casa da Memória desempenha a função de museu, reunindo e organizando registros relativos à história e à identidade do município. Ao abrigar essa história, contada por sua própria gente por meio de depoimentos, a Casa da Memória atua não somente como um lugar de celebração e preservação das recordações dos habitantes, mas principalmente como um espaço de reflexão das mais diversas subjetividades e de valorização do exercício da cidadania. Entende-se que quando uma comunidade se reconhece enquanto sujeito-histórico, protagonista da sua própria história, os laços de pertencimento cultural entre a comunidade e o seu território são fortalecidos. Isto considerado, a visita dos alunos do 1° semestre de medicina à instituição, objetivou: 1. Contribuir para o conhecimento e compreensão do local em que vivem e no qual irão constituir suas relações sociais nos próximos anos. 2. Projetar a necessária ideia de conhecimento da formação e transformação do território, e de como essas interpretações impactam no entendimento dos processos de saúde e doença.
Sobre as lições aprendidas nesta ação, entendemos que a transversalidade de campos, de conhecimento e institucional, colabora para o fortalecimento do processo de formação médica e valorização de diferentes formas de linguagens de ensino através do aprimoramento da escuta, da sensibilidade visual e da interpretação de contextos sócio-culturais. Tivemos nessa experiência, 130 alunos, de 16 estados brasileiros diferentes, ou seja, de origens culturais diferentes, inseridos em um novo contexto geográfico, que tiveram a oportunidade de entender a necessidade da compreensão e valorização histórica do lugar para a formação e prática médica.
Sugerimos o acolhimento das narrativas de memórias para a prática do ensino da medicina em Atenção Primária a Saúde - o qual no contexto de territorialização e planejamento estratégico em saúde, pode ser feito de diversas formas - e o fortalecimento das imersões interdisciplinares compreendendo as instituições museológicas como potenciais parceiras na promoção do reconhecimento e valorização da multiculturalidade.
Palavras Chave: territorialização em saúde; linguagem museológica
N.º Autores: 1
  GOMES, LARISSA RIZZATTI
- Casa da Memória de Araras
 
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