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Faculdade de Medicina
7º Congresso de Extensão Universitária da UNESP :::
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Trabalho N.º 09784
Autor: STEFÂNIA ROSA SANTOS
Categoria: Apresentação Oral
Título: "NO MEU TEMPO, ISSO NÃO ERA ASSIM, NÃO": APONTAMENTOS SOBRE O PROCESSO DE EDUCAÇÃO DE PESSOAS ADULTAS
Tema: Educação
Resumo:
Esta comunicação objetiva apresentar uma reflexão teórica a respeito de práticas voltadas para o processo de alfabetização/letramento de pessoas adultas. Compreende-se, aqui, a dimensão da pesquisa vinculada ao encontro do trabalho do educador em sala de aula com as vivências e memórias dos educandos. A problematização desses aspectos no contexto da EJA pauta-se no pensamento freireano de educação voltada para a autonomia dos sujeitos, uma vez que: "Não há docência sem discência: Ensinar exige pesquisa e reflexão crítica sobre a prática" (FREIRE, 1996). De acordo com tal propósito, o educando deve participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem, no qual deve estar inserida sua história, sua visão de mundo, seu cotidiano; ou seja, aquilo que irá compor um sentido na ação pedagógica, de forma que o ensino seja atravessado pela vida e sua multiplicidade.
A metodologia utilizada consistiu em aulas expositivas seguidas de discussões dos temas abordados, atividades com músicas (escrita, leitura e interpretação) e também elaboração de poemas e textos de autoria dos alunos. Entre os temas, destacam-se: noções de historicidade; as mudanças da vida no decorrer do tempo; memória individual e coletiva; questões intergeracionais ("no meu tempo, isso não era assim, não"); o mundo do trabalho; História do Brasil e miscigenação; as conquistas da mulher na História; questões de gênero; cidadania e nossos papéis na sociedade; histórias de vida.
A principal meta a ser alcançada com este trabalho (em andamento) é o gradual e significativo desenvolvimento dos alunos quanto à escrita e leitura, bem como a conscientização da importância deste processo de estudo para a própria vida, levando-os, assim, a um maior envolvimento e comprometimento com as aulas. A afetividade que permeia estas ações também atua como ponto positivo no trabalho, na medida em que permite maior proximidade entre todos, rompendo com a dicotomia entre quem ensina e quem aprende.
Deste modo, o Programa de Educação de Jovens e Adultos contribui para uma educação voltada à autonomia que suscita, nos participantes, constante reflexão a respeito da importância de estudar, dialogar e partilhar conhecimentos, ou seja, a autocompreensão como sujeitos da (inter)ação.

Referências:
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
_________. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HALBWACHS, M. A Memória Coletiva. Trad. Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo horizonte: Autêntica, 2002
Palavras Chave: EJA; Memória; Autonomia
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